Devoção a Nossa Senhora

Outubro é tradicionalmente um mês dedicado ao Rosário e a Nossa Senhora. Este artigo explica o culto que os católicos dedicam à Mãe de Deus, de origem muito remota na Igreja e muito vivo na atualidade. Narra também como se vive a devoção a Nossa Senhora no Opus Dei.

1. A devoção, em geral, é um ato da virtude da religião. Trata-se, juntamente com a oração, de um dos atos interiores desta virtude [1]. A devoção é um ato da vontade pelo qual o homem se oferece a Deus, se entrega prontamente ao Seu serviço.

Entre os atos exteriores da virtude da religião encontra-se, por exemplo, o que se relaciona com o culto [2]. Em princípio, a devoção é apenas devida a Deus e, no entanto, fala-se, por vezes de devoção mariana, de pessoas que têm muita devoção a este ou àquele santo, etc.

São Tomás de Aquino explica que a devoção que se tem aos santos não termina neles, mas que, em última instância, se dirige a Deus, dado que nos Seus santos veneramos, na realidade a Deus que os encheu de graça e santidade [3]. A devoção a Deus, à Virgem, aos santos manifesta-se através de atos devocionais; por isso costuma distinguir-se entre devoção e devoções.

2. No que se refere ao culto, há que ter em conta que este se dirige a Deus, pois é um modo de manifestar a nossa dependência d'Ele, de O adorar. Por este motivo o culto que tributamos a Deus distingue-se do culto aos mártires e aos santos, que começou desde muito cedo na Igreja, ou do culto à Santíssima Virgem.

A Deus tributa-se-Lhe um culto de adoração, de latria; e aos mártires e aos santos de veneração, de dulia. No caso de Nossa Senhora fala-se de culto de hiperdulia. Estes pontos foram estudados com particular detalhe pelo II Concílio de Niceia (787), que ratificou a legitimidade do culto às imagens e distinguiu entre o culto de latria, próprio de Deus a quem o cristão adora, e o culto de dulia, próprio dos santos, das suas relíquias e imagens, a quem se venera, ao mesmo tempo que reservava o chamado culto de hiperdulia à Santíssima Virgem.

3. O culto e a devoção a Nossa Senhora é muito antigo na Igreja. Surge da realidade da sua maternidade divina e do papel que Cristo lhe reservou na economia salvífica. A Virgem é Mãe de Deus, Theotokos , e nossa Mãe. Neste sentido, o culto mariano teve sempre uma clara conotação cristológica.

Os escritos do Novo Testamento e a literatura cristã inicial, até ao Concílio de Niceia de 325, quer dizer, praticamente até que o cristianismo adquira reconhecimento público, são parcos neste tema. Consideraram-se testemunhos indiretos do culto primitivo mariano as passagens do Evangelho segundo São Lucas 1, 45; 1, 48-49; 11, 27; e dos Atos dos Apóstolos 1, 14.

O interesse doutrinal por Nossa Senhora e a sua função na Igreja, que começa a notar-se (pense-se, por exemplo, na conhecida tipologia Eva-Maria, presente em São Justino e em Santo Irineu de Leão), também parece indicar, de modo indireto, a veneração para com Ela por parte dos fiéis.

Por outro lado, Nossa Senhora está presente no culto da Igreja primitiva, como o manifesta a sua inserção nalguma anáfora eucarística que chegou até nós (por exemplo, a de Hipólito), nalguma das fórmulas batismais (por exemplo., o ritual de Hipólito), a himnografia antiga (as Odes de Salomão, os Oráculos sibilinos, etc.).

O mesmo se pode deduzir da existência de alguns edifícios cultuais dedicados a Maria já antes do século IV, na Palestina e em Alexandria, das pinturas murais que se encontram nas catacumbas, ou da célebre oração “Sub tuum praesidium", que foi encontrada num antigo papiro egípcio e que é frequentemente datada dos finais do século III.

4. O Concílio Vaticano II, no capítulo VIII da Constituição dogmática Lumen gentium (nn. 66-67) [4], fala do culto à Santíssima Virgem na Igreja. Explica que “exaltada por graça do Senhor e colocada, logo a seguir a seu Filho, acima de todos os anjos e homens, Maria que, como mãe santíssima de Deus, tomou parte nos mistérios de Cristo, é com razão venerada pela Igreja com culto especial" (n. 66).

Ensina também que o culto a Nossa Senhora, apesar da sua singularidade, é essencialmente diverso daquele que se tributa ao Verbo encarnado, o mesmo que ao Pai e ao Espírito Santo, ao mesmo tempo que o favorece eficazmente (ivi.). Anima também os fiéis a que fomentem com generosidade o culto à Santíssima Virgem, sobretudo o litúrgico, ao mesmo tempo que insiste com os fiéis para que “tenham em grande estima as práticas e exercícios de piedade para com Ela, aprovados no decorrer dos séculos" (n. 67).

Paulo VI dedicou a Exortação apostólica Marialis cultus , de 2 de fevereiro de 1974, a falar do culto a Maria. Na introdução recorda que o desenvolvimento da devoção a Nossa Senhora “é um elemento qualificador da genuína piedade da Igreja" se está inserida “no canal do único culto que, com razão e justeza, é chamado «cristão», pois de Cristo se origina e assume eficácia, em Cristo encontra completa expressão e por meio de Cristo, no Espírito, conduz ao Pai" (ivi.).

Recorda como a reforma da Liturgia romana, e em concreto do seu Calendário Geral, “permitiu que nele fosse inserida, de maneira mais orgânica e com uma ligação mais íntima, a memória da Mãe, no ciclo anual dos mistérios do Filho" (n. 2).

Assinala também que a reforma dos livros litúrgicos facilitou a perspetiva adequada para considerar “a Virgem Maria com uma perspectiva adequada no mistério de Cristo; e, em sintonia com a tradição, reconheceu-lhe o lugar singular que lhe compete no culto cristão, como Santa Mãe de Deus e enquanto alma cooperadora do Redentor" (n. 15); e sublinha que “o culto que a Igreja universal tributa hoje à Santíssima Virgem é derivação, prolongamento e acréscimo incessante daquele mesmo culto que a Igreja de todos os tempos lhe rendeu, com escrupuloso estudo da verdade e com uma sempre vigilante nobreza de formas" (ivi.).

Recorda que Nossa Senhora é também “exemplo da atitude espiritual com que a Igreja celebra e vive os divinos mistérios. A exemplaridade da bem-aventurada Virgem Maria, neste campo, é consequência do facto dela ser reconhecida como modelo excelentíssimo da Igreja, na ordem da fé, da caridade e da perfeita união com Cristo" (n. 16).

A segunda parte da Exortação apostólica é dedicada a dar princípios de orientação para a renovação da piedade mariana. Assinala quatro notas que caracterizam uma autêntica devoção a Nossa Senhora: a trinitária, a cristológica, a pneumatológica e a eclesial. E indica a seguir quatro orientações que convém ter presentes nessa tarefa de renovação: a bíblica, a litúrgica, a ecuménica e a antropológica.

A terceira parte da Exortação apostólica trata de duas devoções marianas, o Angelus e o Rosário. Na conclusão do documento explica-se o valor teológico e pastoral do culto a Nossa Senhora.

Em 15 de agosto de 1986, no âmbito da renovação litúrgica e mariana, a Congregação para o Culto Divino aprovou a publicação das “Missas da Virgem Maria", uma coleção de 46 missas, com a finalidade de “promover una reta devoção para com a Mãe de Deus" [5]. Explica que a razão de ser destas missas se encontra na “íntima participação da Mãe de Cristo na história da salvação.

A Igreja, comemorando o papel da Mãe do Senhor na obra da redenção ou os seus privilégios, celebra principalmente os acontecimentos salvadores nos quais, segundo o desígnio de Deus, a Virgem Maria interveio com vista ao mistério de Cristo" [6].

O Catecismo da Igreja Católica, publicado a 11 de outubro de 1992, oferece uma resumida síntese sobre o culto a Nossa Senhora no seu número 971. Tendo como base o Concílio Vaticano II e a Exortação apostólica Marialis cultus , recorda que a piedade mariana é um elemento intrínseco do culto cristão; que o culto especial com que é venerada é essencialmente diferente do culto de adoração reservado às Pessoas divinas.

Conclui afirmando que este culto encontra a sua expressão nas festas litúrgicas dedicadas à Mãe de Deus e na oração mariana, como o Santo Rosário.

5. A devoção à Santíssima Virgem que, como vimos, tem tão profundas raízes na vida da Igreja, está e esteve logicamente presente ao longo dos séculos na vida dos seus filhos e de muitas instituições eclesiais. Por isso, é natural que esteja também presente na Obra e na vida do seu Fundador. S.Josemaria afirmava que o Opus Dei nasceu e se desenvolveu sob o manto de Santa Maria.

Esta intercessão materna da Virgem evidencia-se, por um lado, na sua assistência em tudo o que se refere ao caminho jurídico da Obra. Os sucessivos passos jurídicos, que culminaram a 28 de novembro de 1982 com a ereção do Opus Dei como Prelatura pessoal, foram-se dando pela mão de Nossa Senhora.

Recorreu também inumeras vezes a Santa Maria para superar as dificuldades que iam surgindo enquanto se percorria esse caminho jurídico e a Ela se encomendou em numerosas romarias que fez por diversos Santuários marianos da Europa e da América.

6. Acorreu a Nossa Senhora sempre que o Senhor permitiu que viessem duras contradições, como por exemplo nos primeiros anos da década de 50 do século passado. Era um dos ápices da “contradição dos bons", que agiram pensando que prestavam um serviço a Deus [7]. “Não sabendo a quem me dirigir aqui na terra, dirigi-me, como sempre, ao Céu. A 15 de agosto de 1951, após uma viagem – por que não dizê-lo?, penitente, fiz, em Loreto, a consagração da Obra ao Coração Dulcíssimo de Maria" [8].

S.Josemaria regressou dessa viagem muito contente, seguro de ter deixado em boas mãos todas as suas preocupações. Cor Mariae Dulcissimum, iter para tutum , repetia constantemente e, com ele, todos os seus filhos. Quis que fosse para sempre uma contínua oração [9]. Com essa mesma jaculatória uniram-se também os fiéis da Obra ao seu Fundador e ao seu primeiro sucessor, para pedir à Omnipotência Suplicante pela solução jurídica definitiva da Obra.

7. Toda a vida de S.Josemaria está cheia do seu amor à Santíssima Virgem. Não queria dar-se como exemplo em nada, exceto no amor a Nossa Senhora, a quem amava com loucura. Todo o arco da sua existência está cheio do seu amor a Nossa Senhora e do amor de Nossa Senhora, de modo não menos patente.

Desde a sua cura, por intercessão de Nossa Senhora de Torreciudad, quando tinha dois anos e estava desenganado pelos médicos, até àquele 26 de junho de 1975, quando – pouco depois de saudar uma imagem de Nossa Senhora de Guadalupe no seu gabinete de trabalho – o Senhor quis levá-lo para o Céu.

8. O Opus Dei é essencialmente mariano, e isso é parte integrante da herança espiritual que recebeu de S. Josemaria. Não é possível entender a vida de um fiel da Prelatura sem um grande carinho à Mãe de Deus.

Nossa Senhora está nos começos da chamada cristã no Opus Dei: “Sê de Maria e serás nosso" [10]. Pela sua mediação o Senhor concede a graça da entrega. Por isso dizia o Fundador aos seus filhos em Forja: “que ames com loucura a Mãe de Deus, que é nossa Mãe" [11].

Recordava, assim, as suas visitas ao Santuário da Virgem do Pilar em Saragoça: “Para isso quer Deus que nos aproximemos do Pilar: para que, ao sentirmo-nos reconfortados pela compreensão, pelo carinho e pelo poder da nossa Mãe, aumente a nossa fé, se assegure a nossa esperança, seja mais viva a nossa preocupação por servir com amor todas as almas. E possamos, com alegria e com forças renovadas, entregar-nos ao serviço dos outros, santificar o nosso trabalho e a nossa vida: numa palavra, tornar divinos todos os caminhos da terra" [12].

9. Um caminho para amar sempre mais a Santíssima Virgem são as normas e costumes marianos que, de manhã à noite, facilitam aos fiéis do Opus Dei recorrer a Ela em todas as situações: “ Começamos com orações vocais, que muitos de nós repetimos desde crianças: são frases ardentes e simples, dirigidas a Deus e à Sua Mãe, que é nossa Mãe. De manhã e à tarde, não um dia, mas habitualmente, ainda renovo aquele oferecimento que os meus pais me ensinaram: Ó Senhora minha, ó minha mãe, eu me ofereço todo a Vós. E, em prova da minha devoção para convosco, Vos consagro neste dia os meus olhos, os meus ouvidos, a minha boca, o meu coração...[…]" [13].

Incentivava também a dizer muitas jaculatórias a Nossa Senhora ao longo do dia: “ Não nos importemos de lhe repetir durante todo o dia – com o coração, sem necessidade de palavras – pequenas orações, jaculatórias. A devoção cristã reuniu muitos desses elogios carinhosos na Ladainha que acompanha o Santo Rosário. Mas cada um de nós tem a liberdade de os aumentar, dirigindo-lhe novos louvores, dizendo-lhe o que – por um santo pudor que Ela entende e aprova – não nos atreveríamos a pronunciar em voz alta" [14].

A devoção a Santa Maria ocupa o primeiro lugar, depois da Santíssima Trindade, na vida interior: “mais do que Ela só Deus" . Falando de Nossa Senhora comentava: “ Aconselho-te – para terminar – que faças, se o não fizeste ainda, a tua experiência particular do amor materno de Maria. Não basta saber que Ela é Mãe, considerá-la deste modo, falar assim d'Ela. É tua Mãe e tu és seu filho; quer-te como se fosses o seu único filho neste mundo. Trata-a de acordo com isso: conta-lhe tudo o que te acontece, honra-a, ama-a. Ninguém o fará por ti, tão bem como tu, se tu não o fizeres.

Asseguro-te que, se empreenderes este caminho, encontrarás imediatamente todo o amor de Cristo; e ver-te-ás metido na vida inefável de Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. Conseguirás forças para cumprir bem a Vontade de Deus, encher-te-ás de desejos de servir todos os homens. Serás o cristão que às vezes sonhas ser: cheio de obras de caridade e de justiça, alegre e forte, compreensivo com os outros e exigente contigo mesmo" [15].

J. A. Riestra

Novembro 2010

Bibliografia básica

1. Em primeiro lugar figuram, como é óbvio, os escritos de S.Josemaria publicados. Podem ser particularmente úteis, enquanto se centram sobre o tema em questão, as homilias sobre Nossa Senhora publicadas em Cristo que passa e Amigos de Deus, “ Recuerdos del Pilar", Caminho, etc.

2. Uma boa ajuda para este tema encontra-se também em Álvaro Del Portillo, Entrevista sobre o fundador do Opus Dei, Quadrante, 1994, Javier Echevarría, Lembrando o Beato Josemaría Escrivá , Diel, 2000; Idem , El amor a María Santísima en las enseñanzas de Mons. Escrivá de Balaguer , em Palabra nn. 156-157 (1978), pp. 341-345. Encontram-se também numerosos episódios que manifestam a piedade mariana de S.Josemaria nas diversas biografias publicadas.

3. Outros trabalhos que podem ajudar são: Federico Delclaux, Santa Maria nos escritos Beato Josemaría Escrivá , Rei dos Livros, 1996; José Antonio Riestra, La maternità spirituale di Maria nell'esperienza mariana di San Josémaría Escrivá , em "Annales Theologici" n. 16 (2002), pp. 473-489; A. Blanco, Madre de Dios y Madre de los hombres. Studio sulla devozione mariana di San Josemaría e sul rapporto con l'unità di vita , em Romana n. 19 (2003), pp. 292-320.

4. Para una visão de conjunto podem consultar-se: José Luis Bastero Eleizalde, María, Madre del Redentor , 2ª ed., Eunsa; M. Ponce Cuéllar, María, Madre del Redentor y Madre de la Iglesia , Herder; S. De Fiores – S. Meo (edd.), Nuevo diccionario de mariología , Ediciones Paulinas.


[1] Cfr. Santo Tomás, Summa Theologiae , II-II, q. 82, a.1.

[2] Cfr. São Tomás, Summa Theologiae , II-II, q. 81, 5.

[3] Cfr. São Tomás, Summa Theologiae , II-II, q. 82, 2 ad 1.

[4] Concílio Vaticano II, Constituição dogmática Lumen gentium: 66. Exaltada por graça do Senhor e colocada, logo a seguir a seu Filho, acima de todos os anjos e homens, Maria que, como mãe santíssima de Deus, tomou parte nos mistérios de Cristo, é com razão venerada pela Igreja com culto especial. E, na verdade, a Santíssima Virgem é, desde os tempos mais antigos, honrada com o título de «Mãe de Deus», e sob a sua protecção se acolhem os fiéis, em todos os perigos e necessidades (191). Foi sobretudo a partir do Concílio do Éfeso que o culto do Povo de Deus para com Maria cresceu admiravelmente, na veneração e no amor, na invocação e na imitação, segundo as suas proféticas palavras: «Todas as gerações me proclamarão bem-aventurada, porque realizou em mim grandes coisas Aquele que é poderoso» (Luc.1,48). Este culto, tal como sempre existiu na Igreja, embora inteiramente singular, difere essencialmente do culto de adoração, que se presta por igual ao Verbo encarnado, ao Pai e ao Espírito Santo, e favorece-o poderosamente. Na verdade, as várias formas de piedade para com a Mãe de Deus, aprovadas pela Igreja, dentro dos limites de sã e recta doutrina, segundo os diversos tempos e lugares e de acordo com a índole e modo de ser dos fiéis, têm a virtude de fazer com que, honrando a mãe, melhor se conheça, ame e gloria fique o Filho, por quem tudo existe (cfr. Col. 1, 15-16) e no qual «aprouve a Deus que residisse toda a plenitude» (Col. 1,19), e também melhor se cumpram os seus mandamentos. 67. Muito de caso pensado ensina o sagrado Concílio esta doutrina católica, e ao mesmo tempo recomenda a todas os filhos da Igreja que fomentem generosamente o culto da Santíssima Virgem, sobretudo o culto litúrgico, que tenham em grande estima as práticas e exercícios de piedade para com Ela, aprovados no decorrer dos séculos pelo magistério, e que mantenham fielmente tudo aquilo que no passado foi decretado acerca do culto das imagens de Cristo, da Virgem e dos santos (192). Aos teólogos e pregadores da palavra de Deus, exorta-os instantemente a evitarem com cuidado, tanto um falso exagero como uma demasiada estreiteza na consideração da dignidade singular da Mãe de Deus (193). Estudando, sob a orientação do magistério, a Sagrada Escritura, os santos Padres e Doutores, e as liturgias das Igrejas, expliquem como convém as funções e os privilégios da Santíssima Virgem, os quais dizem todos respeito a Cristo, origem de toda a verdade, santidade e piedade. Evitem com cuidado, nas palavras e atitudes, tudo o que possa induzir em erro acerca da autêntica doutrina da Igreja os irmãos separados ou quaisquer outros. E os fiéis lembrem-se de que a verdadeira devoção não consiste numa emoção estéril e passageira, mas nasce da fé, que nos faz reconhecer a grandeza da Mãe de Deus e nos incita a amar filialmente a nossa mãe e a imitar as suas virtudes.

[5] Missas da Virgem Maria, Praenotanda, t. I, p. 11.

[6] Ibidem , p. 13.

[7] Cfr., por exemplo, A. de Fuenmayor-V. Gómez-Iglesias-J.L. Illanes, El itinerario jurídico del Opus Dei, historia y defensa de un carisma , Eunsa, p. 92.

[8] S.Josemaria, citado em A. Vázquez de Prada, El Fundador del Opus Dei , vol. III, p. 199.

[9] Cfr. A. Vázquez de Prada, El Fundador del Opus Dei , vol. III, p. 200.

[10] S.Josemaria, Caminho , n. 494.

[11] S.Josemaria, Forja , n. 77.

[12] S.Josemaria, Recuerdos del Pilar, artigo publicado em El Noticiero de Zaragoza , 11-X-1970.

[13] S.Josemaria, Amigos de Deus , n. 296

[14] S.Josemaria, Amigos de Deus , n. 293.

[15] Idem.