«Os voluntários da JMJ estamos a preparar tudo ao pormenor para que seja um evento inesquecível»

Francisco Valverde é espanhol, mas há alguns meses foi viver para Lisboa para fazer voluntariado na JMJ deste verão.

Francisco Valverde, voluntário da Jornada Mundial da Juventude de Lisboa 2023.
Francisco Valverde, voluntário da Jornada Mundial da Juventude de Lisboa 2023.

Francisco é espanhol, de Córdova e, em janeiro, foi-lhe oferecida a oportunidade de participar como voluntário no comité organizador da Jornada Mundial da Juventude em Lisboa. «Quando surgiu a possibilidade, senti uma certa vertigem, porque na altura estava a estudar e a trabalhar ao mesmo tempo, e participar neste evento significava ir viver para Lisboa e deixar de lado a vida e os estudos que tinha iniciado em Córdova».

«Até agora nunca tinha tido a sorte de participar numa Jornada Mundial da Juventude, nem como peregrino, nem como voluntário. Participei noutros encontros de católicos, mas sempre a partir de Espanha e, certamente, nenhum com a repercussão que tem uma JMJ».


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    No entanto, não pensou duas vezes e lançou-se a colaborar, contribuindo com o seu grão de areia na área que gere a parte económica deste evento. Diz que está muito contente e que não se arrependeu da sua decisão: «Como sempre, quando somos generosos, o Senhor recompensa-nos, e a verdade é que foi, sem dúvida, uma experiência maravilhosa. Aprendi também que, por vezes, pensamos que temos muito claro o nosso caminho, mas também temos de estar abertos a estas coisas que o Senhor nos vai dando inesperadamente».

    Nos meses que antecedem as JMJ, os organizadores e os voluntários encarregam-se de que tudo esteja a postos: a pastoral, as contas económicas para a sustentação do evento (comissão em que Francisco está envolvido), a comunicação, as relações internacionais, bem como o apoio aos peregrinos, para que tudo esteja pronto quando chegarem. «Embora o trabalho não esteja a ser feito apenas há alguns meses: as Jornadas começam realmente a ser preparadas a partir do momento em que é anunciada a próxima cidade que as vai acolher. O nosso trabalho é fazer com que tudo corra tão bem quanto possível durante as duas semanas da JMJ. Tudo é tratado até ao mais ínfimo pormenor: os locais, a organização, o alojamento, os eventos...», conta Francisco.

    Francisco en la sede de los voluntarios de esta JMJ, en Lisboa
    Francisco na sede dos voluntários desta JMJ, em Lisboa

    Afirma que, do ponto de vista dos voluntários, estão a sentir que há uma grande expetativa e um desejo de encontro por parte dos jovens que vão participar. «Já foi há algum tempo e as pessoas não se lembrarão, mas esta JMJ teve de ser adiada por causa da pandemia, o que fez com que houvesse ainda mais anseio pelo intervalo de quatro anos desde a última JMJ no Panamá. O que vejo nos voluntários é o entusiasmo de mostrar ao mundo que a Igreja ainda está viva e jovem, que há muito católicos jovens e que o Evangelho ainda está vivo em cada um de nós com um testemunho de verdade e alegria. E, claro, há também a ânsia de receber o Papa Francisco em Lisboa.

    Anima todos os jovens tanto a participarem nas JMJ como a serem voluntários, se tiverem oportunidade: «É algo que devem experimentar uma vez na vida, pelo ambiente que se vive, por verem mais jovens de todo o mundo como vocês, com as mesmas inquietações, com o mesmo desejo de lutar, com a mesma fé em Cristo e no Evangelho».