O meu nome é Pedro Lucas, tenho 19 anos, sou um estudante de engenharia de produção. Dizem que sou bem-humorado e, ao mesmo tempo, bem racional… às vezes até racional demais. A minha história com o catolicismo, de certa forma, é tão longa quanto a minha vida e tão recente quanto o meu ensino médio, pois, apesar de ter nascido numa família católica, não tínhamos tanta profundidade e prática da religião, por isso mantive-me um pouco afastado boa parte da minha vida. Até que, no primeiro ano do ensino médio, pude participar com mais constância num grupo de jovens do meu colégio, do qual até hoje faço parte como coordenador. Nele, comecei a abrir os meus olhos para ver o mundo de uma forma totalmente nova, vendo a riqueza do sobrenatural e o que realmente significava a existência de Deus.

Com isto, pude aos poucos aprofundar o conhecimento e a vivência da fé e dar início à minha vida de apostolado com encontros semanais, que fazia em casa junto dos meus familiares, para tentar apresentar-lhes a beleza da fé católica. Além disso, ao chegar ao meu último ano do colégio, em 2021, comecei também um grupo de estudos e aprofundamento do catolicismo, chamado Concórdia, que criei com alguns amigos, para poder construir uma base doutrinal firme na vida de cada um.

Nesse mesmo ano, graças à forte amizade com alguns que participam no grupo de jovens, eu quis conhecer “um tal Centro Cultural do Opus Dei”. Lá, conversei com o Claudemir (com quem hoje estou a viajar para a JMJ), e ele apresentou-me a Obra, o sentido da santificação no quotidiano e S. Josemaria. Fiquei fascinado com tudo aquilo e pude perceber que aquele Deus tão extraordinário que há pouco tempo me tinha aberto os olhos estava mais perto do que imaginava, que o mesmo Cristo que habitava no mais alto céu também se encontrava no meu dia a dia.

Portanto, passado um tempo, comecei a frequentar o Centro, a participar nas meditações, ter direções espirituais, assistir aos Círculos, levar amigos para conhecerem a Obra e ir a retiros. Foi num desses, inclusive, que Deus despertou mais fortemente em mim o desejo de ir para um evento que antes me parecia tão distante, a Jornada Mundial da Juventude. Pois, tendo sido convidado por amigos do Centro, esta oportunidade pareceu-me ser aquilo que Deus me pedia para ver melhor o quão próximo Ele se encontra de mim.

Assim, com ajuda da minha família, pude inscrever-me para a viagem e aqui estou, escrevendo este texto no avião juntamente com meus amigos do Centro Cultural Alvorada, rumo a Lisboa, animado para aventurar-me naquilo que a Providência quiser preparar-me e ansioso para me encontra com o meu maior Amigo que está em Portugal à minha espera!