Um UNIV com um grande prémio

Mais um ano, Roma acolhe na Semana Santa o Congresso Universitário Internacional UNIV. Mais um ano, mas, sem dúvida, um ano diferente, porque muitos dos seus participantes partem para a capital italiana com um entusiasmo particular: conhecer pessoalmente o Papa Francisco. Contam-no na primeira pessoa sete universitários de Espanha.

Ignacio é de Madrid, mas repetirá o UNIV a partir de Pamplona. A 'razão principal' de ir a Roma é estar perto do Papa.

Milhares de universitários de todo o mundo estão a fechar as malas para ir para Roma. Muitos deles estarão já na Praça de São Pedro no Domingo de Ramos. Durante uma semana, desfrutarão da Cidade Eterna e gastarão as suas calçadas, mas a motivação principal que os fez embarcar nesta aventura universitária é viver a Semana santa com o Papa. Fisicamente perto.

Ignacio González Palenzuela está no 2º ano de Jornalismo na Universidade de Navarra . É de Madrid. Repete este convívio especial e a sua "razão principal" é esta: passar estes dias com o Papa Francisco: "É sempre bom acompanhá-lo, mas ainda mais nestes dias".

Sabe que o novo Santo Padre quebrou muitas das barreiras do protocolo e assim, se tiver a sorte de se encontrar pessoalmente com ele nestes dias, "a primeira coisa que faria seria agradecer-lhe que tenha aceite o grande peso que supõe ser cabeça da Igreja e a sua vida exemplar, de humildade, de pobreza e de caridade. Fazia-lhe saber que conta com a minha oração diariamente. E, claro, falava-lhe da minha família, uma família insuperável...".

Joaquín (Granada) em frente do placard de anúncios de Arrayán onde se anuncia o convívio da Semana Santa.

Joaquín García-Creus está a acabar de fazer as malas para ir para Roma, de Granada. Está no 3º ano de Nutrição humana e Dietética. O motivo chave de ir ao UNIV tem-no muito claro: "O que mais me animou foi conhecer e dar as boas-vindas ao novo Santo Padre". Gostaria imenso que o Papa tivesse a certeza de que "pode apoiar-se na juventude, na espanhola e na de todo o mundo. Vamos rezar muito por ele".

O calor de um argentino Adriel Fernández é argentino, de San Juan. Está no 4º ano de Direito na Universidade Austral de Buenos Aires, e nestes dias está num intercâmbio em Pamplona. Para ele, "não há melhor modo de viver a Semana Santa do que estarmos unidos ao Santo Padre, que neste caso é um compatriota que nos une a todos os católicos de todo o mundo".

Se tiver a sorte de ter um encontro face to face , a sua reação seria muito clara: "Agradecia-lhe por ter assumido tão bela, mas difícil responsabilidade. Quero também oferecer-lhe uma camisola da sua equipa de futebol, o San Lorenzo, que está a passar um mau momento no campeonato argentino, e talvez desça para a segunda divisão...".

Adriel Fernández é argentino, mas chegará à Cidade Eterna, vindo de Navarra. Nesta imagem, de passagem por Torreciudad.

Caso esse encontro não seja tão pessoal, já tem um lema para lhe fazer chegar a sua mensagem na forma de um cartaz: "Argentino de nascimento, romano de adopção. Amamos-te um montão".

Javier Martínez Martínez-Cedillo é de Madrid e está no 1º ano de Direito da Universidade Complutense. Ele, além de estar com o novo Papa, quer ir a Roma "agradecer ao Papa emérito os seus oito anos de esforços e canseiras". Embora creia que na Jornada Mundial da Juventude que acolheu em 2011 a sua cidade, ficou claro, insiste, em que o Papa Francisco se pode apoiar nos jovens de Espanha.

Joaquín – na fila da frente, o segundo a partir da esquerda – junto de alguns dos seus amigos.

Se tivesse que escrever uma mensagem direta ao Santo Padre, o seu slogan para o cartaz diria: "Sorri à tormenta. Esta é a tua barca. E não se afundará".

Pablo Poole irá de Valência para a Cidade Eterna, "ver o novo Papa e manifestar-lhe o apoio dos jovens.  E também para ver Roma. Aí está seguro de que se reza muito bem, e agora não nos faltam motivos por que rezar". Gostaria de fazer chegar ao Papa Francisco "que estamos a cumprir o encargo que nos deu no dia da sua eleição: rezar muito por ele".

Pablo acredita que a relação entre os jovens e o Papa transcende os próprios crentes e demonstra-o com um exemplo destes dias: "Um companheiro de turma que se diz ateu, enquanto via a eleição do Papa, não aguentou e pôs-se a rezar por ele. Penso que o seu sorriso o conquistou".

Pablo Poole – o primeiro, da direita – parte para Roma, de Valência, para dizer ao Papa 'que o apoiamos muitíssimo'.

Quatro anos seguidos Ignacio Coloma repete o UNIV há quatro anos consecutivos, porque tem a experiência de que "cada ano é melhor do que o anterior". Este ano tem o seu sonho particular, e pensa que "promete ser único e irrepetível. Estou muito contente e entusiasmado por poder acompanhar o Papa Francisco no início do seu pontificado".

Vai com os ouvidos abertos: "Gostaria de ouvir o que pensa que os jovens de todo o mundo têm que fazer para levar a Igreja para a frente. Ao fim e ao cabo, nós somos o futuro".

Este estudante do 2º ano de Publicidade e Relações Públicas da Universidade de Navarra, com a sua presença em Roma quer dizer três coisas ao Santo Padre: "Não estás só. Conta connosco. Obrigado".

Ignacio Coloma quer dizer três coisas ao Santo Padre: 'Não estás só. Conta connosco. Obrigado'.

Lorenzo Montero irá ao UNIV procedente de Sevilla. O poder da Semana Santa da sua terra não o deteve em nada para estar em Roma e viver estes dias "próximo do Papa". Depois de umas quantas horas de autocarro, quando chegar, na sua cabeça e no seu coração terá uma mensagem para o Santo Padre: "Já estás em casa".

A experiência do UNIV guarda-se para sempre. O de 2013 traz, além disso, um prémio inolvidável, porque quando é o amor ao Papa que move, Roma tem um eco especial.

Lorenzo irá de Sevilha para a capital italiana com uma ideia clara: os jovens 'somos a esperança de amanhã'.